O babalorixá que foi assassinado a tiros depois de participar da Lavagem do Bonfim, em Salvador, foi a segunda vítima de violência da família dele. De acordo com informações de familiares, um irmão do líder religioso também foi morto há 9 anos.
Em entrevista à TV Bahia, a mãe de Nilton Leal da Conceição, Maria Antônia Leal, informou que uma briga por causa de uma mulher teria motivado o assassinato do outro filho. Agora, ela lida com a perda de mais um.
“Não gosto nem de lembrar, porque é uma coisa triste. Eu tinha cinco filhos, quatro homens e uma mulher. Um mataram há 9 anos na Ribeira, por causa de mulher, mas todo mundo também fala bem. Então, é a segunda vez que eu perco um filho de forma violenta”, pontuou.
O babalorixá era conhecido pela bondade entre os amigos e familiares. Segundo eles, Além de liderar o Yle Axe Olufemyn, em Matatu de Brotas, Nilton gostava de fazer ações sociais para pessoas em situação de rua. A última delas aconteceu no Natal do ano passado, quando entregou sopas nas ruas de Salvador.
“Ele pegava as pessoas na rua e ajudava, como ele fez na minha trajetória de vida, que foi complicada perante as drogas “, disse o ajudante do terreiro, Lucas da Silva Rodrigues. “Ele era só alegria e ajudou muita gente, só fazia o bem para os outros”, contou a vizinha Antônia Fonseca.
O homem de 45 anos foi assassinado a tiros na região da Ladeira da Água Brusca, após voltar da Lavagem do Bonfim. Ele estava acompanhado de um amigo, quando, segundo testemunhas, um homem se aproximou, atirou e fugiu.